ROCK IN RIO DEPRIMENTE
O ROCK IN RIO .. DEPRIMENTE!
Estava pesquisando sobre os noticiários dos meios de comunicação do ano de 1985 a respeito do Rock In Rio Festival e encontrei na biblioteca da cidade varias edições da revista VEJA relatando sobre o festival, algo que já era de se esperar claro, mas o que me espantou foi a espécie de nacionalismo ligado a um etnocentrismo doente por parte de muitos artistas brasileiros, um eivamento de ciúmes do publico com teorias de ''conspirações gringas'' que chega a ser cômico e muito ridículo.
A prepotência dos ''nomes'' nacionais era tanta, que Herbert Viana, vocalista do grupo Paralamas do Sucesso, chegou a dizer que o Rock In Rio era feito com todas as bandas super decadentes estrangeiras.
Na edição de 13 de Fevereiro, pagina 6, na entrevista intitulada '' Sucesso atrás das Lentes'' com Herbert Viana, destaca-se o trecho:
Veja -'' Você acha que houve troca de experiências com os grupos internacionais? Vocês tiveram algum ganho?''
Herbert - ''Honestamente, eu não vi nada demais. Primeiro porque os grupos que vieram eram super decadentes. Eles somente lidavam melhor com o equipamento , só isso. Melhores do que os brasileiros eles jamais serão, isso sem demagogia, pq eles não possuem 6 dedos na mão, têm 5 igual à gente!
O melhor guitarrista do festival foi o Armandinho, do Moraes Moreira. Ele destruiu ao vivo! O mais falado foi o Angus Young, do AC/DC , mas na verdade , acho ele um mão dura!''
Penso que os Paralamas do Sucesso são figuras ímpares no rock nacional com certeza, mas Herbert sem duvida foi muito infeliz com essa declaração.
Antes fosse somente ''criticas tupiniquim'' aos músicos estrangeiros. Os músicos brasileiros buscando de qualquer maneira, com afirmações infundadas ou não, procuraram avidamente ao máximo utilizar de sua fama e degradar ''deuses intocáveis'' do rock mundial, e isso é deprimente.
A polemica sobre a ''diferença qualitativa da disputa nacional VS estrangeiro'' esquentou ainda mais quando Elba Ramalho (não sei pq essa mulher foi convidada para um festival de rock ¬¬) desafinou barbaramente, patinou entre escalas e entrou em descompasso com seus músicos. Elba dá a culpa da doa desastrosa apresentação aos estrangeiros do espetáculo!
Ela divulgou a imprensa que o monitor do som foi feito para ''sonoridade gringa'' e por isso o som do palco ficou uma droga no seu show. O relato desse fatos podem ser conferidos na VEJA de 23 de Janeiro de 1985, página-120.
Apartir desse dia iniciava-se uma suspeita de terríveis ''conspirações'' ou ''sabotagens'' dos ''valores nacionais''.
Essa tesa foi pauta de discussão de varias edições da VEJA na época pelo oq pude perceber.
24 horas depois, segundo essa mesma edição da VEJA, durante a apresentação da banda BLITZ, que empolgou pouco, a questão (patética, diga-se de passagem) da ''conspiração'' já assumia quase contornos definitivos.
''Cadê a droga do som do meu microfone?'‘, gritava a cantora Fernandinha, olhando para os lados e com visível mau humor.
Antes dela, tbm Lulu Santos já havia armado uma confusão, ao cantar 20 minutos a mais dos 50 combinados. Forçado a deixar a cena quando Luiz Oscar Niemeyer, o coordenador geral de toda a programação do Rock in Rio, autorizou que o palco móvel fosse colocado em marcha, Lulu Santos fez na hora um protesto publico:
''Os americanos estão me mandando embora''
Embora sem duvida, é perceptível na mídia da época que Iron Maiden e AC/DC seriam as grandes atrações esperadas, o show mais apoteótico prometeu e cumpriu ser o do QUEEN. Amo meu país, brigo e sofro com e por ele, mas não coloco vendas ufanistas nos meus olhos para não permitir ratificar que sim, os grupos estrangeiros possuem técnicas superiores aos nacionais [FATO] !
O QUEEN foi o maior representante do Rock-espetáculo no Rock in Rio, um gênero em que atuações teatrais dos músicos se combinam com acordes solenes e monumentais. O QUEEN anunciou um repertorio que incluiu grandes sucessos, de Bohemian a até Radio Ga Ga, encerraram a primeira noite em clima de esfuziante celebração.
O Queen estava ''estourado'' no país com o hit I WANT BREAK FREE e fazendo shows ao redor do mundo que marcaram a carreira da banda, como o Live Aid, que contou com uma pequena ''degustação'' doq estava sendo a turnê The Works, sendo eleito há algum tempo como o maior show de rock da historia! Então digo em alto e bom som, que de decadente o QUEEN estava longe de ser nesse momento, e discordo assim plenamente de Herbert Viana e suas ''generalizações''.
Quanto à teoria das conspirações estrangeiras é a meu ver, uma tentativa frustrada e desesperada dos artistas nacionais conseguirem algum brilho perto das constelações que no Brasil estavam se apresentando.
É como às vezes digo:
''Uma coisa é um único artista ser uma estrela, outra coisa é um único artista ser uma constelação inteira!''
As vendas de bandas como o B-52's, QUEEN e Rod Stewart aumentaram mais de 250 % no Brasil nesse período do Rock in Rio, mostrando que inveja seria a palavra chefe para muitos cantores brasileiros, e isso acho vergonhoso para a historia do Rock in Rio. (levando em consideração a implicância dos ''renomes'' nacionais para a qualidade gringa).
Atacar, dissimular, mas nunca admitir alguém tão bom ou melhor que vc...
COISAS DO MEU BRASIL BRASILEIRO.
Estava pesquisando sobre os noticiários dos meios de comunicação do ano de 1985 a respeito do Rock In Rio Festival e encontrei na biblioteca da cidade varias edições da revista VEJA relatando sobre o festival, algo que já era de se esperar claro, mas o que me espantou foi a espécie de nacionalismo ligado a um etnocentrismo doente por parte de muitos artistas brasileiros, um eivamento de ciúmes do publico com teorias de ''conspirações gringas'' que chega a ser cômico e muito ridículo.
A prepotência dos ''nomes'' nacionais era tanta, que Herbert Viana, vocalista do grupo Paralamas do Sucesso, chegou a dizer que o Rock In Rio era feito com todas as bandas super decadentes estrangeiras.
Na edição de 13 de Fevereiro, pagina 6, na entrevista intitulada '' Sucesso atrás das Lentes'' com Herbert Viana, destaca-se o trecho:
Veja -'' Você acha que houve troca de experiências com os grupos internacionais? Vocês tiveram algum ganho?''
Herbert - ''Honestamente, eu não vi nada demais. Primeiro porque os grupos que vieram eram super decadentes. Eles somente lidavam melhor com o equipamento , só isso. Melhores do que os brasileiros eles jamais serão, isso sem demagogia, pq eles não possuem 6 dedos na mão, têm 5 igual à gente!
O melhor guitarrista do festival foi o Armandinho, do Moraes Moreira. Ele destruiu ao vivo! O mais falado foi o Angus Young, do AC/DC , mas na verdade , acho ele um mão dura!''
Penso que os Paralamas do Sucesso são figuras ímpares no rock nacional com certeza, mas Herbert sem duvida foi muito infeliz com essa declaração.
Antes fosse somente ''criticas tupiniquim'' aos músicos estrangeiros. Os músicos brasileiros buscando de qualquer maneira, com afirmações infundadas ou não, procuraram avidamente ao máximo utilizar de sua fama e degradar ''deuses intocáveis'' do rock mundial, e isso é deprimente.
A polemica sobre a ''diferença qualitativa da disputa nacional VS estrangeiro'' esquentou ainda mais quando Elba Ramalho (não sei pq essa mulher foi convidada para um festival de rock ¬¬) desafinou barbaramente, patinou entre escalas e entrou em descompasso com seus músicos. Elba dá a culpa da doa desastrosa apresentação aos estrangeiros do espetáculo!
Ela divulgou a imprensa que o monitor do som foi feito para ''sonoridade gringa'' e por isso o som do palco ficou uma droga no seu show. O relato desse fatos podem ser conferidos na VEJA de 23 de Janeiro de 1985, página-120.
Apartir desse dia iniciava-se uma suspeita de terríveis ''conspirações'' ou ''sabotagens'' dos ''valores nacionais''.
Essa tesa foi pauta de discussão de varias edições da VEJA na época pelo oq pude perceber.
24 horas depois, segundo essa mesma edição da VEJA, durante a apresentação da banda BLITZ, que empolgou pouco, a questão (patética, diga-se de passagem) da ''conspiração'' já assumia quase contornos definitivos.
''Cadê a droga do som do meu microfone?'‘, gritava a cantora Fernandinha, olhando para os lados e com visível mau humor.
Antes dela, tbm Lulu Santos já havia armado uma confusão, ao cantar 20 minutos a mais dos 50 combinados. Forçado a deixar a cena quando Luiz Oscar Niemeyer, o coordenador geral de toda a programação do Rock in Rio, autorizou que o palco móvel fosse colocado em marcha, Lulu Santos fez na hora um protesto publico:
''Os americanos estão me mandando embora''
Embora sem duvida, é perceptível na mídia da época que Iron Maiden e AC/DC seriam as grandes atrações esperadas, o show mais apoteótico prometeu e cumpriu ser o do QUEEN. Amo meu país, brigo e sofro com e por ele, mas não coloco vendas ufanistas nos meus olhos para não permitir ratificar que sim, os grupos estrangeiros possuem técnicas superiores aos nacionais [FATO] !
O QUEEN foi o maior representante do Rock-espetáculo no Rock in Rio, um gênero em que atuações teatrais dos músicos se combinam com acordes solenes e monumentais. O QUEEN anunciou um repertorio que incluiu grandes sucessos, de Bohemian a até Radio Ga Ga, encerraram a primeira noite em clima de esfuziante celebração.
O Queen estava ''estourado'' no país com o hit I WANT BREAK FREE e fazendo shows ao redor do mundo que marcaram a carreira da banda, como o Live Aid, que contou com uma pequena ''degustação'' doq estava sendo a turnê The Works, sendo eleito há algum tempo como o maior show de rock da historia! Então digo em alto e bom som, que de decadente o QUEEN estava longe de ser nesse momento, e discordo assim plenamente de Herbert Viana e suas ''generalizações''.
Quanto à teoria das conspirações estrangeiras é a meu ver, uma tentativa frustrada e desesperada dos artistas nacionais conseguirem algum brilho perto das constelações que no Brasil estavam se apresentando.
É como às vezes digo:
''Uma coisa é um único artista ser uma estrela, outra coisa é um único artista ser uma constelação inteira!''
As vendas de bandas como o B-52's, QUEEN e Rod Stewart aumentaram mais de 250 % no Brasil nesse período do Rock in Rio, mostrando que inveja seria a palavra chefe para muitos cantores brasileiros, e isso acho vergonhoso para a historia do Rock in Rio. (levando em consideração a implicância dos ''renomes'' nacionais para a qualidade gringa).
Atacar, dissimular, mas nunca admitir alguém tão bom ou melhor que vc...
COISAS DO MEU BRASIL BRASILEIRO.
na verdade são os estrangeiros que são melhores do jeito que nenhum brasileiro vai ser (odeio a musica aqui do brasil axé,forró brega,sertanejo,samba pra mim é tudo lixo)mas o Herbert Viana não devia dizer isso pke ele devia tentar fazer melhor do que os estrangeiros e não ficar chamando o rock estrangeiro de decadente até por que o rock estrangeiro nao é decadente,ele que foi infantil de dizer isso.Agora só tenho uma coisa a à dizer para ele "cresce e aparece pke vc não ta com nada Herbert Viana"
ResponderExcluirMão dura?
ResponderExcluirUm cara que desafina até no estúdio, toca uma guitarrinha mequetrefe, numa banda que imita muito mal o The Police...dizer que Angus Young tem mão dura.....pqp!!!
Anônimo disse 16 de julho de 2010 09:57 - Discordo em partes com vc, tem brasileiros muito bons no Rock, o Sepultura é reconhecido mundialmente, os Mutantes, Raul Seixas, Cazuza e Legião Urbana foram maravilhosos. agora concordo que foi ridiculo essas declarações do Hebert Viana, sobre 'decadentes gringos', o Ozzy Osbourne é venerado quase como uma religião desde os primórdios do Black Sabbath, o Iron Maiden com Bruce Dickinson, são uma verdadeira entidade do Metal Mundial até hoje atraindo multidões aos shows! AC/DC, entre outros, o Queen, que continuam lembrados mais fortes do que nunca, enquanto isso nem lembramos quando os Paralamas lançaram seu ultimo disco de ''Pop'' Rock.
ResponderExcluirE para concluir, nem da pra entender pq o Herbert Vianna deu uma entrevista tão ruim como essa, afinal os Paralamas gravaram musica junto de Brian May no disco Severino dos anos 90.
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