Uma verdade inconveniente

‘’Não me importo com o que as pessoas pensam ou falam de mim, Acho que ser natural e sincero é o que conta..."’’


Freddie Mercury



O Queen é, inegavelmente uma referência de larga escala no mundo da música.
Após décadas a frente das ‘’paradas’’ no mundo inteiro, a banda não foi esquecida, nem mesmo após a morte de sua ‘’estrela maior’’ Freddie Mercury.
Seus épicos sucessos se tornaram Hinos, de um estilo sem fim (apesar de decadente).

Legiões de fãs mundo a fora, perpetuam o nome da realeza do Rock, deificando o nosso irreverente ‘’bigodudo’’ Persa, que já se foi.

Mas existe uma ‘’problemática’’ nessa ‘’solucionática’’ toda...

Os anos se passam e a evidencia da banda não se esvai no fluir do tempo.
Porém, a legião de fãs inflamados continua LIMITADA pelo preconceito e pela omissão ideológica (acreditem).

Como é comum ver quem goste de pelo menos UMA música dos Queen, e como é INCOMUM ver quem não goste de pelo menos uma dos mesmos....

A aceitação da banda é incrível, mas sempre que se resenha sobre em algum círculo mais diversificado, vem aquele comentariozinho sugestivo com recheio amargo de algum ‘’joãozinho’’ da vida..."pena que ele era gay...", ou alguns mais atrevidos..."apesar daquela bixa ter sido um pervertido, cantava bem"
Resumindo o Queen a um membro, e colocando opções sexuais e vida privada a frente no contexto.
Mas o que consola, é saber que existe uma naturalidade nisso tudo.

O problema começa a ficar sério, quando vemos pessoas omitirem paixões pelo fato narrado.
E o Queen é um exemplo vivo (ou seria morto?) disso.

Eis o terceiro segredo de Fátima...

O fato é que, por incrível que pareça, minhas velhas análises demonstrativas sobre o fato são cada dia mais alimentadas.
Tenho uma tese particular (meio pretensioso?), que uma parcela considerável de fãs (daqueles que compram disco, camisa, e escutam músicas da banda pelo menos uma vez por dia, só faltam tatuar ‘’Queen’’ no coração) tem medo de expor seus gostos, com medo de serem associados ao preconceito e a censura porca e sem autoridade da banda podre social.
Como eu sei disso? Não apenas por experiências externas, mas por própria, eu também já fui assim.
É difícil ver como um talento ÍMPAR como Freddie Mercury, seja vítima de preconceito até mesmo após sua morte, (muito disso munido pelas razões da mesma), criando uma mancha negra que assombra até mesmo seus próprios fãs.

Já pararam pra pensar, em quantos fãs declarados podemos ter perdido por esse fato isolado?



Pode parecer exagero, mas isso gera um prejuízo de ego gigantesco para a banda.

Que me desculpem a franqueza...

Mas a fragilidade em se sentir desarmado e sem argumentos para enfrentar o preconceito estúpido e sem nexo de alguns, faz de alguns fãs do Queen, covardes (graças a Deus, a GRANDE minoria).

O medo de errar tira a vontade de ganhar, sempre.

E isso não é uma pena?

É difícil ser visado e associado de certa forma, mas é preciso se colocar em um patamar mais alto que o ‘’Resto’’, batendo no peito e assumindo paixões profundas.

E como é Nobre começar fazendo isso, pelo Queen...